Vou voltar com o caso mais polêmico das duas últimas semanas no campo da moda: John Galliano, ex designer chefe da Dior (abaixo).

Galliano tem descendência espanhola (fato que dá para perceber apenas olhando suas criações, porém nasceu em uma pequena cidade da Inglaterra e logo cedo mudou-se para a grande Londres. Formou-se na escola de moda mais cobiçada do mundo (e também mais cara): Central Saint Martins College of Art and Design em Londres.
Em 95 entrou na Givenchy sendo o primeiro britânico a dirigir um desfile de Haute Couture francesa. Menos de dois anos depois Galliano foi tranferido para a Maison Christian Dior.
John ficou conhecido por seu modo irreverente de se vestir e suas criações extravagantes: cheias de muitas cores, babados, longos ao estilo princesa toureira, enfim, Galliano é A CARA da Dior! Abaixo uma de suas mais recentes criações.

Fechou quase todos os desfiles da marca durante longos e incríveis vinte e um anos de sucesso total! Galliano era a sensação, era o must have das coleções, era quem dava vida à uma das marcas francesas mais cobiçadas do mundo.
Porém todo gênio possui um lado infeliz. Em 25 de fevereiro a Dior anuncia a suspensão de Galliano por ter proferido um discurso anti-semita (preconceito com judeu) em um bar em Paris, disse que ama Hitler e esqueceu-se completamente que atriz Natalie Portman (israelense e judia com avós assassinados em Auschwitz) é a nova cara da fragrância Miss Dior. Este incidente deu-se exatamente uma semana antes do início da semana de moda de Paris.
Em primeiro de março a Dior anuncia a demissão definitiva de John Galliano, com a explicação de que as ideias do ex chefe de designer não condizem mais com as propriedades da maison.
John Galliano, desempregado e abandonando um legado de extremo sucesso será julgado e pode ser condenado a até seis meses de prisão e pagamento de uma indenização de € 22.500 (R$ 90.000), mesmo tendo pedido desculpas em público.
Na última sexta feira foi realizado o desfile da coleção de verão da Dior. A coleção continuou magnífica, os modelos, as cores, a vivacidade de tudo incrível! Mas, apesar de Galliano ter o fim merecido, a sensação de "onde está a peça principal?" com certeza predominou no coração de muita gente.
Uma pena perdermos o colorido da Dior, porém é bom saber que a justiça (pelo menos atualmente) está sendo feita.
Mazel Tov! Até o próximo post!
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